sábado, 19 de julho de 2014

Os mistérios da temida Lagoa Azul entre Colatina e Linhares Os mistérios da temida Lagoa Azul entre Colatina e Linhares

A grande serpente da temida Lagoa Azul é o maior enigma do complexo de seis grandes lagos próximo ao Rio Doce entre Colatina, Marilândia e Linhares cuja aparição do fabuloso monstro assombra os moradores da região ao longo de três décadas. Isolada pelo medo e a mata fechada, o mistério da cobra gigante que mora nas tocas de raízes árvores caídas da Lagoa Azul -, afugenta pescadores e intrusos que ousam invadir seu domínio naquele ponto quase intocado de natureza selvagem.

Das dezenas de relatos de observações algumas fantasiosas, ao menos três merecem análise crítica e a abordagem cientifica da presença da terrível anaconda ou sucuri nos remansos do lago azul-esverdeado. Para alguns moradores do Assentamento Sesínio de Jesus, vizinhos da lagoa na localidade de Humaitá, a cobra gigante não passa de pura invenção, mas na verdade pouca gente se arrisca a tomar banho ou pescar nela.

O agricultor Valdemar Ferreira de Souza, 51 anos há três anos no terreno de reforma agrária do governo federal tem certeza que ‘algo estranho’ acontece por ali e capaz de deixar perplexos vizinhos e pescadores que se aventuram a enfrentar o mito da criatura.

“Eu mesmo nunca vi nada, até porque deixei de pescar. Mas amigos meus chegaram aqui assombrados com a visão de uma cobra imensa que devorava os peixes na rede armada por eles. Largaram tudo para trás e correram. Uma mulher que mora aqui perto contou que um movimento brusco revolveu a água e logo após um redemoinho quase virou o bote que pescava”, contou Valdemar.

Rica em peixes infestada de piranhas e jacarés há tempos o mato tomou conta da estrada e do acesso a Lagoa Azul, contribuindo na conservação da área de rara beleza no coração do Espírito Santo.

O pescador Everaldo dos Santos Andrade, 41 anos desde criança ouve falar na existência da anaconda que pela descrição de quem viu trata-se de uma sucuri-amarela entre sete e dez metros de comprimento. 

Movido pela curiosidade, Everaldo costuma busca vestígios e pistas da serpente com objetivo de comprovar a existência desse monstro. Precavido para não virar rango da serpente, Everaldo nunca entra na água sem a machadinha.

“Sei que não é venenosa, mas mata a presa enrolando-se em volta do corpo dela e devora a gente”, acredita Everaldo.

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